Mais de trinta marginais, fortemente armados, assaltaram cerca de cinco casas, na madrugada de domingo último, 03 de Abril, no bairro paraíso município de cacuaco, em Luanda.
Por: Adão Manuel
A polícia, contrariamente ao que devia ser, só apareceu uma hora depois da operação que deixou os moradores sem norte.
De acordo com testemunhas, a madrugada deste domingo foi bastante difícil e incomum por ter sido de bastante terror, própria para todo tipo de perversidade.
Dona Paula Cambiri Macário, uma das vítimas de assalto, disse ao NA MIRA DO CRIME que eram por volta das 1 hora e 30 minutos quando os marginais arrombaram o gradeamento da porta e, consequentemente, uma das janelas da casa, que fica no quarto das crianças, sem barulho que despertasse atenção da vizinhança.
Eles penetraram no interior da casa e, de imediato, começaram a espancar as crianças, exigindo dinheiro.
Era tanta algazarra que dona Paula e o esposo tomaram conta da situação.
Na tentativa de aferir o que se passava, encontraram mais de 6 elementos armados e mascarados, na sala.
Segundo relatos das vítimas, algemaram o dono de casa e espancaram—no brutalmente.
“Tivemos de dar uma quantia de 25mil kwanzas, mas não era insuficiente para os algozes”, contou Paula, segundo a qual, insatisfeitos com o valor apresentado, pegaram no bebé de apenas um ano de idade, bateram—no colocaram-no na arca que se encontrava em funcionamento, como forma de pressão, a fim de que os pais aumentassem mais dinheiro.
Três desse grupo de marginais “queriam mesmo matar o bebé”, enquanto os outros sugeriam apenas violar a mãe, mas ao tentar reagir, Paula foi violentada com vários golpes na cabeça com o cano de uma arma do tipo AKM.
“Está difícil confiar na nossa polícia porque nunca chegam no momento da acção. Tanto é que, só uma hora depois da acção é que se fez presente, tendo os meliantes levado, para além do dinheiro, uma botija de cozinha, um televisor plasma e outros artigos”.
A equipa de reportagem deste jornal, deslocou—se até à esquadra do bairro, na tentativa de ouvir alguém afecto à Polícia Nacional (PN), mas tal tentativa foi gorada, porque o comandante tinha se ausentado.
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